Você sabia que a expectativa de vida de uma pessoa trans no Brasil é de 35 anos? E que o transfeminicídio em nosso país tem acometido cada vez pessoas mais jovens? Vide o caso recente de assassinato da adolescente Keron Ravach, de 13 anos, no Ceará, resultado da transfobia que regula as relações sociais em nosso país e no mundo.
O dia 29 de Janeiro – Dia Nacional da Visibilidade Trans – é uma data representativa da luta cotidiana que toda pessoa trans tem que travar pela garantia de seus direitos, de sua segurança, de sua participação social e pelo reconhecimento e respeito por sua identidade. Esta data foi instituída em 2004, quando do lançamento da primeira campanha contra a transfobia. Uma ação promovida pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Trata-se de uma luta que toda sociedade deve participar para que possamos acabar com a transfobia e todas as consequências nefastas que ela produz na saúde mental de pessoas trans, muitas vezes tirando suas vidas.
Há várias formas de você fazer parte desta luta diária e contínua contra a transfobia:
– Respeite outras formas de se situar quanto ao gênero. A cisgeneridade não é a única forma possível. Para isso, informe-se sobre identidade de gênero (transexualidade, travestilidade, não-binariedade, intersexualidade), questionando e não reproduzindo concepções que rotulem a pessoa trans como portadora de um transtorno mental.
– Apoie propostas, projetos e leis que visem a garantia de direitos, a segurança, a visibilidade e a participação social ampla de pessoas trans.
– Converse com amigos e familiares sobre o assunto e não compactue com falas e atitudes transfóbicas.
– Faça um uso deliberado de seus privilégios como pessoa cis e crie condições para a inserção no trabalho, no estudo e na vida social de pessoas trans.
– Leia textos (livros, blogs, colunas, posts) escritos por pessoas trans. Ouça músicas compostas e cantadas por pessoas trans. Consuma produtos, trabalhos e serviços (obras de arte, roupas, comidas) feitos por pessoas trans. Assista filmes e peças teatrais produzidos, dirigidos e atuados por pessoas trans.
– Defenda o direito de toda e qualquer pessoa viver sua identidade de gênero e sua orientação sexual como lhe parecer mais confortável.
Faça sua parte, coloque em prática algumas dessas dicas e compartilhe este texto. A saúde mental das pessoas trans agradece.